As duas testemunhas e a grande tribulação. O cordeiro, que tem os selos apocalípticos do rolo em sua mão já abriu cinco dos seus selos. As aberturas dos selos começaram em 1914. De lá para cá, quatro cavaleiros saíram a galope na estrada do tempo deixando sua marca nas páginas da história. O primeiro selo representou a entronização de Jesus como rei nos céus e, consequentemente, a expulsão de Satanás de lá. Esse ato de Jesus como rei desencadeou a abertura dos próximos três selos do rolo, que, por sua vez, resultaram em tragédias inimagináveis na terra.
Do segundo ao quinto selo
Com a abertura do segundo selo, guerras mundiais estouraram de repente. Isso levou à abertura do terceiro e quarto selos. Esses são responsáveis pela fome e morte na terra em um grau devastador que durou de 1914 a 1945, ou um pouco mais que isso. Pela ordem, abriu-se o quinto após o ano de 1945. Nele contém os apelos de cristãos ungidos ressuscitados exigindo vingança pelo sangue deles derramado por assassinos guiados pelo Diabo.
Os ungidos perguntam a Deus “quando ele vingará o sangue deles e até quando o Criador se refrearia de punir os maus”. Diz-se a eles que descansem “até que se complete o número dos seus coescravos e irmãos(Apocalipse 6: 10, 11). Essa fala nos dá uma informação importante. Isso significa que o abrir do quinto selo se estende desde o ano de 1945 até momentos antes do início da grande tribulação. A condição necessária para esta começar é a selagem dos ungidos. Isso quer dizer que ainda estamos dentro da abertura do quinto selo. Mas isso é por pouco tempo, porque o sexto selo está em vias de abrir.
O sexto selo
A narração prossegue e, quando abre-se o sexto selo, coisas magníficas acontecem em sentido simbólico (Apocalipse 6: 12-17) . Aqui há um detalhe muito importante. Os eventos simbólicos seguem uma ordem sucessiva de acontecimentos, de modo que os eventos de um selo não ultrapassam na frente do outro. Suponha que você está na fila de um banco. Há critérios preferenciais de atendimento para algumas classes. Pela ordem, tem preferência as gestantes e lactantes, pessoas com crianças de colo e deficientes. Não podemos ignorar esses critérios. Se na prática os atendimentos ocorrerem na ordem inversa, é porque algo está errado.
O que se vê com a abertura do sexto selo assemelha-se com isso na questão de “ordem” de ocorrências. Nele há eventos que só acontecerão após a abertura do sétimo selo, o assunto alvo deste artigo. Sendo assim, as coisas contidas no sexto selo são um preview daquilo que está determinado para acontecer com a abertura do sétimo selo. Ele funciona como o trailer de um filme anunciando os destaques da trama que ocorrerá em um dia e horário específicos. Ele é a preparação para a abertura do sétimo selo. Isso indica que, do sexto para o sétimo selo, não haverá um espaço longo de tempo. Após a abertura do sexto selo, abrir-se-á o sétimo instantaneamente.
O sétimo selo e suas sete trombetas
Há informações novas neste estudo que não tratamos nos dois anteriores a este. É provável que goste do que irá saber a partir de agora. Mas, vamos pela ordem, conforme manda o regimento profético.
Se estamos tratando no sétimo selo, isso significa que “estamos” na grande tribulação. Ao abri-lo, sete anjos se preparam para tocar sete trombetas. Ao observar o futuro, o Criador viu a ordem dos acontecimentos e deu símbolos a eles, de modo que tudo se dará em ordem sequencial. No caso do sétimo selo e suas sete trombetas é um pouco diferente. Os simbolismos deste selo representam coisas de autoria divina, os próprios atos de Deus. Ou seja, Ele deu símbolos para aquilo que fará com as instituições religiosas e políticas do mundo apartado Dele. Assim, o sétimo selo contém os derradeiros atos de julgamento de Deus contra tudo aquilo que Ele odeia no mundo atual.
As sete trombetas
A primeira coisa que Jeová irá fazer quando abrir-se o sétimo será destruir Babilônia a Grande. Ele fará isso em três golpes fatais. Para cada golpe executado, uma trombeta soará. Assim, os toques das três primeiras trombetas representam a destruição de Babilônia. O toque da quarta trombeta é a consequência disso. Nela, Deus mostra como ficará a aparência do cenário mundial. Para o mundo alienado do Criador, não haverá mais a luz do sol, da lua e das estrelas espirituais. A essa altura, isso não existirá mais.
A quinta trombeta soa e gafanhotos saem do abismo para uma proclamação mundial de uma mensagem de julgamento.
(Diagrama por: Agência Indicatu)
A sexta trombeta
A novidade dita anteriormente está em uma informação adicional no toque da sexta trombeta. Quando ela soar, soltar-se-ão os quatro anjos amarrados junto ao simbólico rio Eufrates. A nova informação está no capítulo 11 de Apocalipse, mas ainda dentro do contexto do toque da sexta trombeta. Trata-se das duas testemunhas de Jesus.
Essas duas testemunhas de Jesus entrarão em ação nos últimos 42 meses deste sistema. A profecia as descrevem realizando uma pregação “vestidas de serapilheira” (pano de saco). Mas a pregação delas terá consequências, tanto para elas, quanto para seus opositores no período em que a realizarem. Comecemos então com a análise do texto. Diz:
“Mas, quanto ao pátio do santuário do templo, deixe-o de fora, sem medi-lo, porque foi dado às nações, e elas pisarão a cidade santa por 42 meses.” (Apocalipse 11: 2)
O pátio da cidade santa pisoteado
O “santuário do templo” é no céu. O pátio deste santuário, medido pelo apóstolo João, representa a organização terrestre de Deus. As nações o pisarão. Não uma, duas ou cinco nações, mas, PELAS nações. Isto indica que, como um todo, o povo de Deus sofrerá oposição ou proscrição a nível mundial durante o período de 42 meses. 42 meses é o mesmo que 3 anos e 6 meses. Quando? O termo “pisado PELAS nações” sugere que, quando isso acontecesse, o povo de Deus existiria em todo o globo. Nunca antes na história o povo de Deus esteve espalhado em toda a terra como está agora. Por isso, entendemos que este registro profético tem cumprimento futuro. Se é que podemos chamar de futuro. A bem dizer, já entramos na faze de cumprimento desta profecia.
“Farei as minhas duas testemunhas profetizar por 1.260 dias vestidas com pano de saco…” (Apocalipse 11: 3)
As duas testemunhas
Aqui Jesus repete o período de 42 meses, só que em dias. 1.260 dias é o mesmo que 3 anos e 6 meses. O cenário profético começa a mudar com a presença de duas testemunhas. Como a profecia aplica-se a nível mundial, essas duas testemunhas são simbólicas. E visto que o relato profético tem cumprimento nos dias atuais, essas duas testemunhas só podem representar dois grupos de proclamadores do reino. Eles declaram a palavra de Deus de forma ininterrupta para o mundo. Assim, elas representam os cristãos ungidos e as outras ovelhas.
A profecia diz que elas “pregarão vestidas com panos de saco por 42 meses”. Os israelitas usavam o pano de saco para representar sua tristeza e angústia diante de calamidades, situações de pranto e amargo lamento. O período de 42 meses nessas condições denota que essa atividade sofreria interferência opressiva das nações nos últimos 42 meses deste mundo iníquo. Os publicadores representados pelas duas testemunhas realizariam esta atividade de forma triste, como que vestidas de serapilheira, por estarem restritos.
“Se alguém quiser lhes causar dano, sairá fogo das suas bocas e consumirá os seus inimigos. Se alguém quiser lhes causar dano, é assim que terá de ser morto.” (Apocalipse 11: 5)
A autoridade das duas testemunhas
Jesus censurou os apóstolos Tiago e João quando eles pediram para que descesse fogo dos céus e destruísse uma aldeia de Samaritanos. Na ocasião, Jesus estava indo para Jerusalém. Pelo visto, os samaritanos não quiseram recebê-lo por isso. (Lucas 9: 54, 55) Por isso devemos entender este ponto em Apocalipse no sentido simbólico, não literal. No entanto, existem duas testemunhas de Jeová dos tempos bíblicos que precederam o livro de Apocalipse. De suas bocas saíram pronunciações que resultaram no envio de fogo divino para destruir opositores. São elas Moisés e Elias, e aqui começam os paralelos.
Quando Corá confrontou Moisés, ele pediu para que Deus desse provas de quem tinha sua aprovação. O cabeça da rebelião, Corá, morreu por um fogo que saiu da parte de Deus que consumiu a ele e seus apoiadores. (Números 16: 30, 35) Pela boca de Elias, fogo também saiu da parte de Deus. Diante do desrespeito das guarnições do rei Acazias, Elias pediu que descesse fogo dos céus e matasse aqueles homens. (2 Reis 1: 9-12)
As duas testemunhas começam a agir
O que isso tem a ver com as duas testemunhas em Apocalipse? Muita coisa. Durante os 42 meses em que elas profetizarem vestidas de serapilheira, declarações condenatórias serão expressas contra seus opositores. O fogo, nas escrituras, muitas vezes é um símbolo de punição definitiva. Dizer que “fogo sairá da boca dessas duas testemunhas para consumir seus inimigos” é o mesmo que dizer que eles não terão esperança de salvação.
“Elas têm autoridade para fechar o céu, de modo que não caia chuva durante os dias em que profetizarem, e tem autoridade para transformar as águas em sangue e para ferir a terra com todo o tipo de pragas, quantas vezes quiserem”. (Apocalipse 11: 6)
As duas testemunhas versus Moisés e Elias
Aqui percebemos outros paralelos desta profecia em Apocalipse com Moisés e Elias. Foi pela boca do profeta Elias que os céus se fecharam literalmente e não choveu por de 3 anos e 6 meses em Israel. Esse foi um dos piores castigos aplicados por Deus a um povo rebelde e idólatra (Tiago 5: 17; 1 Reis 17: 1; 18: 1). Curiosamente, esse é o mesmo período de tempo em que as duas testemunhas de Jesus em Apocalipse pregarão vestidas de serapilheira.
Também foi pela boca de Moisés que as águas do Nilo se transformaram em sangue. A situação foi aflitiva e humilhante, tanto para os egípcios, quanto para os seus deuses falsos (Êxodo 7: 19). Também foi pela boca de Moisés que o Egito sofreu com todo tipo de pragas mortíferas. O propósito era humilhar e julgar aqueles deuses pagãos. Traçando o paralelo, percebe-se que durante os 42 meses do testemunho das duas testemunhas de Apocalipse, os céus se fecharão. Ou seja, não haverá declarações de “água que dá vida” à humanidade, cuja fonte é o Deus a quem elas representam. Elas também terão autoridade para “transformar as águas em sangue”.
As pragas das duas testemunhas
No caso de Moisés, eram os egípcios quem controlavam as águas que ele transformou em sangue. Pertenciam a eles aquelas águas. O Nilo ficava em seu território, sob o controle total dos egípcios. Moisés feriu águas que não eram suas, mas que significavam vida para aqueles que se opunham a Deus. Em paralelo simbólico, as águas transformadas em sangue durante os 42 meses da pregação das duas testemunhas podem estar relacionadas com o julgamento cristandade. Como sangue que não pode matar a sede, as “águas” da cristandade serão repudiadas e rejeitadas, tornadas em objeto de nojo e mal cheiro. As massas que agora “saciam sua sede” com elas sofrerão por duas razões.
A primeira é que não terão mais as águas que agora matam sua sede. A segunda é que as “chuvas” que vinham dos céus em forma de boas novas estarão restritas. Visto que as duas testemunhas têm o poder de “fechar os céus para que não chova”, e é isso o que farão. A humanidade irá padecer de sede em sentido espiritual.
“Quando tiverem terminado de dar seu testemunho, a fera que sobe do abismo guerreará contra elas, as vencerá e as matará”. (Apocalipse 11: 7)
A fera versus as duas testemunhas
A fera é a ONU. Ela ressurgiu do abismo em 1946. Daquele ano até hoje ela nunca “guerreou” contra as duas testemunhas de Jesus, vencendo-as e causando-lhes a morte. Isso irá acontecer no fim dos 42 meses quando as duas testemunhas de Jesus “terminarem” de dar seu testemunho.
“Seus corpos ficarão na rua principal da grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, onde também o seu senhor foi morto na estaca.” (Apocalipse 11: 8)
A ‘Grande Cidade’ aqui, ou, a mulher, a meretriz vista por João, é Babilônia a Grande (Apocalipse 17: 18). O texto diz que, após a fera “matar as duas testemunhas de Jesus, os corpos delas ficarão “na rua principal” desta Grande cidade. Então, vamos aos detalhes.
A profecia sobre as duas testemunhas ocorre com o toque da sexta trombeta. Babilônia a Grande, ou, a Grande Cidade, a essa altura já estará destruída, pois sua destruição ocorrerá nos três primeiros toques das sete trombetas. O texto também diz que a ‘Grande Cidade’ se chama “Sodoma e Egito” em sentido espiritual. Justo! Neste ponto, Babilônia, a Grande Cidade, já terá caído tão súbita e ardentemente como caiu Sodoma. Seus deuses já estarão completamente derrotados e humilhados como os deuses do Egito após o julgamento divino.
A morte das duas testemunhas
A fera, (ONU) destruirá Babilônia. A profecia associa a morte das duas testemunhas de Jesus com a principal inimiga de Deus, Babilônia a Grande. Vemos isso no trecho que diz que os corpos delas ficarão na “rua principal” de Babilônia. A rua principal de uma cidade é um lugar que todos conhecem e trafegam. É um lugar de grande visibilidade, conhecido por todos. A fera irá destruir Babilônia por causa de sua natureza religiosa profana e problemática aos interesses dela.
As duas testemunhas também realizam um trabalho de teor religioso que, por sinal, estará causando incômodos à fera e às pessoas apartadas do Deus verdadeiro. Essas duas testemunhas estarão ativas na divulgação da mensagem de julgamento nesta época. Pelo visto, a fera, ao guerrear contra elas e “mata-las”, usará como exemplo intimidatório a execução aplicada por ela contra Babilônia a Grande. De modo que, após ela conseguir parar a atividade das duas testemunhas, ficará evidente ao mundo que ela obteve sucesso. Ou seja, seria como se a fera matasse as “duas testemunhas de Jesus” assim como ela destruiu Babilônia, a ‘Grande Cidade’.
Os corpos delas na rua principal
Estar os corpos delas na rua principal da ‘Grande Cidade’ servirá de aviso. Indica que ficará implícito nos corações de ex-fiéis que a religião é um mal que eles devem conter. Significará que a fera será hostil a qualquer levante que vise reascender a fé em Deus e em Jesus Cristo de forma organizada. Os corpos delas na rua principal da Grande Cidade servirá de exibição pública para o mundo. Será um aviso subliminar, uma espécie de troféu que visará intimidar novos levantes religiosos cujas atividades contrariem os ditames da fera, a ONU.
“Povos, tribos, línguas e nações olharão para os seus corpos por três dias e meio e não permitirão que os seus corpos sejam colocados num túmulo. (Apocalipse 11: 9)
Aqui sugere-se que a fera não terá forças para fazer com que o nome e a atividade exercida pelas duas testemunhas caia no esquecimento. Os corpos delas não terão tempo de “se decompor”, por assim dizer. E “entrará vida” nelas após três dias e meio da sua morte. É Deus quem estipula o tempo de morte e silêncio das duas testemunhas – três dias e meio literais. Povos, tribos, línguas e nações “olharão para os corpos delas” por esse período.
“E os que moram na terra se alegrarão por causa delas e comemorarão, e enviarão presentes uns aos outros, porque esses dois profetas atormentavam os que moram na terra.” (Apocalipse 11: 10)
A reação do mundo com a morte das duas testemunhas
A ação das duas testemunhas de Jesus, os ungidos e as outras ovelhas, deixará o mundo inteiro furioso com elas. A razão disso é o teor da mensagem que elas proclamarão em toda a terra naquele tempo. Quando a fera matar as duas testemunhas de Jesus, povos, nações, tribos e línguas irão se alegrar muito com isso. Mas isso para eles será pouco.
O desejo deles é que, depois de mortas, as duas testemunhas de Jesus não tenham um enterro descente. É para que fiquem expostas para apodrecer a céu aberto. Isso será uma manifestação clara e notória do ódio daquelas pessoas contra aqueles que representam a Deus. Seu ódio tem uma fonte – Satanás o Diabo. Ele é o autor das expressões impuras inspiradas que levarão o mundo em linha de colisão com o criador naquele momento fatídico da história. Mas o intento deles não terá êxito, como mostra o texto a seguir:
“Depois dos três dias e meio, entrou neles espírito de vida da parte de Deus, e eles ficaram de pé, e os que os viram ficaram com muito medo. Eles ouviram uma voz lhes dizer desde o céu: “Subam para cá”. Então subiram para o céu numa nuvem, e seus inimigos os viram.” (Apocalipse 11: 11, 12)
As duas testemunhas, Moisés e Elias versus a transfiguração de Jesus
Novamente vemos paralelos entre as duas testemunhas em Apocalipse com Moisés e Elias. Estes últimos “reviveram”, por assim dizer, ao “aparecerem” para Jesus, Pedro, Tiago e João na ocasião da transfiguração de Jesus no monte Carmelo. Há um detalhe interessante aí. Jesus prometeu aos discípulos que “alguns deles não morreriam sem que antes o vissem em seu reino” (Mateus 16: 27, 28). Ele disse isso em referência à sua transfiguração. Vejamos.
Moisés e Elias apareceram durante a transfiguração de Jesus. A pessoa deles está associada com todos esses paralelos. Jesus disse que aquele simbolismo da transfiguração representava a sua vinda. Após a sua “morte”, as duas testemunhas terão contato direto com Cristo depois que Deus as ressuscitarem. Diante disso, fica claro que Moisés e Elias tem um papel fundamental nesta parte simbólica que envolvem as duas testemunhas em Apocalipse. O texto ainda fala de essas duas testemunhas “subirem para o céu numa nuvem e vistas por seus inimigos”.
Como Moisés e Elias subiram aos céus?
Em mais paralelos, nota-se que, de certo modo, Moisés e Elias “subiram” para os céus em sentido simbólico. Elias “subiu aos céus” quando Deus o transferiu de designação, subindo em um vendaval numa carruagem de fogo (2 Reis 2: 11). Já Moisés teve seu corpo disputado por Jesus e o Diabo. Jesus o enterrou em um lugar desconhecido, deixando no ar a dúvida do que realmente tinha acontecido com ele “após a sua morte”. (Judas 9; Deuteronômio 34: 5-7) Resumindo, tanto Moisés quanto Elias “sumiram” do registro bíblico após sua “partida”.
Após reviverem, as duas testemunhas recebem o chamado para “subirem para os céus” numa nuvem. O relato diz também que “seus inimigos as viram”. Carne e sangue não podem entrar no céu. (1 Coríntios 15: 50) Humanos não só são mais fracos, como também não podem ver o invisível. Já sabemos que ‘nuvem’ na bíblia tem conotação de invisibilidade. O relato diz que essas duas testemunhas “sobem” para os céus e seus inimigos as veem. Assim, aqui cabe a mesma aplicação sobre a volta de Jesus como que ‘vindo nas nuvens’ onde “todo o olho o verá” (Apocalipse 1: 7).
As duas testemunhas sobrem aos céus
Entendemos que esta passagem quer dizer que a presença de Jesus, embora invisível como as nuvens, será perceptível, sentida e entendida por todos. “Subir” as duas testemunhas de Jesus a um nível elevado como o céu quer dizer que a condição delas será de aprovação.
Por “morrerem” fiéis em cumprir sua designação, elas receberão a recompensa de Deus, a recompensa da vida. Elas estarão em um nível superior ao dos seus inimigos. Mas a partir daquele momento, não poderão fazer mais nada que possa lhes oferecer esperança de salvação. Elas sairão de cena, ficarão invisíveis. Ou seja, não haverá mais trabalho para elas que deem sentido à sua existência como testemunhas de Deus. Quer queiram, quer não, seus inimigos nada poderão fazer para impedir que Deus recompense seus servos.
O paralelo das duas testemunhas com Moisés e Elias
Contudo, o paralelismo das duas testemunhas com Moisés e Elias tem algo mais forte. Moisés era, não só manso, como também obediente. (Números 12: 3) Diferente de nós que, ora somos obedientes, ora transgressores. Ele também prefigurou Jesus Cristo no sentido de ser um líder e libertador de um povo escravo escolhido por Deus. Elias ficou conhecido por sua impressionante coragem e por ser extremamente zeloso e ciumento com o nome de Jeová. Ele estava disposto a arriscar a própria vida para pôr a vontade de Deus acima da sua própria proteção (1 Reis 19: 10, 14). Ele lutou contra a adoração falsa no país e, de modo corajoso, proferiu sentenças da parte de Deus contra reis apóstatas.
As atuais duas testemunhas de Jesus, os ungidos e as outras ovelhas, têm esse mesmo espírito. O espírito de ciúme que impulsionou Elias a defender o nome divino. O espírito de mansidão que motivou Moisés a ser submisso ao seu líder. A coragem que moveu Elias a defender a adoração pura. A força que as fará perseverantes durante os dias sombrios que estão chegando para o princípio da consumação de todas as coisas.
Deixe uma resposta